segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Reportagem fotográfica: Uma semana de ocupação


Na primeira semana de ocupação da Rocinha pelas Forças de Segurança do Estado o fotojornalista Rafael Caetano registrou imagens tiradas nos becos, ruas e vielas da Rocinha.  

Multirão de serviços na Rocinha, os moradores esperam que serviços possam ser regular

Jovem tira a primeira via dos  documentos

Pelas ruas da comunidade agentes da prefeitura circulavam no sábado

Serviços regularizados, mas fora do padrão de consumo de muitos


Moradores tiram dúvidas com funcionários da Prefeitura

PMs fazem revista em van na Estrada da Gávea

Suspeitos são detidos por policiais civis 

Vida que segue: muitos moradores ainda não querem falar sobre a ocupação



Rocinha

Um comentário:

Eçaraia disse...

A 19ª unidade de policia pacificadora, que consolida o projeto do governo do Estado, de tamanha exposição midiática nos faz esquecer que se trata de um programa de governo e não uma politica publica; um programa de governo é provisório e sustentado com recursos limitados e com prazo definido para acabar que é o fim do governo que apoia o programa. Diferente da politica publica que é obrigação do governo que administra a máquina pública, independe da sua (boa ou má) vontade, os recursos para sua execução devem estar declarados e orçados assim como suas fontes.
Embora os números deste programa sejam inquestionavelmente positivos por terem reconquistado territórios e livrado milhares de habitantes das mãos dos chefões do trafico até então tiranizadas por quadrilhas.
Mas como expectadores de um espetáculo de mágica, ficamos impressionados com o resultado do truque e não olhamos o movimento das mãos, como magica, por ser maravilhoso não perguntamos como foi feito.
Qual sua duração, de que é feita sua sustentabilidade? E não discutimos sua longevidade e sua ação no tempo.
O príncipe foi escrito em 1525, entre muitas coisas diz que o objetivo principal do governante é manter o território e que governar é dispor as coisas não para leva-las ao bem comum mas a um objetivo adequado a cada coisa de governar.
Outra passagem é sobre colocar um mau administrador que cumpre as ordens do príncipe sem que o povo saiba, que seja odiado pelos súditos o príncipe vem o assassina sendo aclamado pelo povo.
De volta a 2011, essas Favelas foram tiranizadas com a leniência do estado, na espetacular, showtimezada, ao vivo prisão do administrador Nem. Como num passe de mágica a imprensa esqueceu dos companheiros enviados pelo estado para dar cobertura e fuga ao traficante do estatal. Narrar o fato é desnecessário, ,mas a memoria se encurta com tantos morteiros: 05 policiais foram presos dando cobertura ao traficante, não vou além do obvio.
Me refiro a relação estado-traficantes, na convenção do PMDB deste ano foi dito que a Rocinha era território de um candidato.
Se continuarmos no discurso: estado ausente há 40 anos, não vemos que a politica da ausência é a própria politica do Estado aplicada à Favela, não vemos a ação do estado, no seu braço armado, municiar o trafico. Servir e proteger. Informar, prevenir, treinar os traficantes.
Vamos cair na questão da prostituição: a mulher que vende o corpo. Aquele que paga pelo corpo não tem responsabilidade? Foi seduzido? Minha opinião é que eu duvido que a prostituta tenha vendido se produto a prazo, para receber no fim do mês.
Só há prostituta por haver cliente. Não se trata do ovo e da galinha. O poder econômico determina a relação de poder entre a procura e a oferta. O cliente gerou a prostituta. A demanda definiu a oferta.
O estado corrompido e viciado gera a corrupção. Primeiro o circo, o pão vem logo a seguir.