quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Bope vasculha a casa de morador duas vezes no mesmo dia

“Eles deveriam colocar um sinal nas casas que já passaram”

A operação “pente fino” feita pelo Bope (Batalhão de operações Especiais) na Rocinha tem como objetivo encontrar esconderijos de armas, drogas e traficantes, mas alguns moradores têm reclamado da invasão de seus domicílios.

Um morador da Rocinha, que não quis se identificar, teve sua casa vasculhada pelo Bope duas vezes no mesmo dia. Segundo N, que é garçom, da segunda vez o soldado entrou na casa sem se identificar e começou a revista.

“Eles deveriam colocar um sinal nas casas que já passaram”, diz N. Há o medo da ocorrência do chamado espolio de guerra, quando policiais ficam com bens deixados por traficantes ou por moradores em suas residências quando vão trabalhar. A Folha de São Paulo relatou saques feitos por policiais durante a ocupação do Alemão.
A Secretária de Segurança Pública do Estado orientou que os policiais façam a operação " pente fino" sem mochilas, mas alguns policiais são vistos com pequenas bolsas pela comunidade.
Moradores tem questionado o fato do   artigo  841  do código civil não está sendo válido na Rocinha. Segundo o artigo do código penal há três condições para a polícia realizar busca domiciliar: a indicação da casa ou do lugar em que deve efetuar-se a diligência; a descrição da pessoa ou da coisa procurada e o destino a lhe dar; a assinatura do juiz, de quem emanar a ordem.

Rocinha

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